ATÉ A SÍLABA FINAL

A noite se debate contra a aurora

O tempo, lento, se arrasta, hora-a-hora

E na longínqua massa escura das casas

Brilha tua imagem: Ó Anjo de imensas asas!

Meu corpo da tua lembrança se alimenta,

Não sinto fome, não me pára o cansaço,

Sou qual a Rosa -erguida nos espaços-

Sou qual Pétala que a "haste-flor" sustenta.

Mas, perdida num hiato de solidão,

Hei de transportá-lo, ir além do coração,

Para o mundo da matéria, mundo real

E assim, junto a Ti, viver o sentimento

-Amor de forma etérea, Amor de cimento-

Do primeiro momento, à sílaba final.

Recife, madrugada de 19/10/06

Samantha Medina
Enviado por Samantha Medina em 19/10/2006
Código do texto: T268254
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