Ausência
Por que feres com teu aguilhão?
Porque inundas um coração fugaz?
Tirando a paixão, o encanto, a paz
Por onde andas com tua direção?
Por que condenas o pobre?
Aindas deixas o teu rosto ver?
Avultas de desgraça ao nobre
E enclausuras de negridão o ser
Por que não te fadigas da verdade?
E te desenhas de encantos mil
A paixão passa e te trará saudade
Da felicidade longínqua que partiu
Por que te chamas Ausência?
Se preenches o ser que de amor exauriu