A beijar os pés de " Augusto"

Diverso do desejo, em maré parca

Na praia, eu abandono a velha arca

Adentro o matagal, escondo a nua

Covarde palidez, turvada a lua...

No choque dos neurônios, meus desvelos

Descuido à simetria dos cabelos

Tensão no angelical traço da arte

Sobrando material para o descarte.

Fratura dos meu sensos, bipartidos

Sequer rabisco um A, levei um susto

No choque, nem sequer,mesmo, gemidos

Mas mandas-me beijar os pés do Augusto?

A rasurar a face da medusa

Certeza! Teu convite, não me abusa?

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 17/12/2010
Reeditado em 17/12/2010
Código do texto: T2676396