A MULHER PERFEITA
Lembrei-te das mórbidas lembranças
Onde te matou aquele velho sonho de amor
Da menina que acreditava em poesias
Mas que cedeu às noites teu valor.
Lembra-te de tua história tão passiva
Que cobria teu sono sem o medo?
Hoje são tuas feridas de insônia
Na mácula de teu infantil segredo.
A verdade é que não há cura de teu mau
E que nem teu mau é capaz de curar
A menina de teu versejar.
E a mulher ouvida como tua dor seca
Essa passará assim, tão distante...
Enquanto pregarei minha dor eminente.