Forjado
Chamam-me de estranho e de louco
Mas será que sou? Não sinto a insanidade
Percorrer em minhas têmporas
Sequer um mísero pouco,
Pois quem sabe com esse toque de ebriedade
Eu possa abrir as infernais portas
Que fazem parte de meu ser...
Não sou louco, sou apenas o ondulado reflexo
Projetado face a face na tez dum espelho convexo.
Sou a cria de mim mesmo, com toques de "sem querer"
Onde muitos se veem e identificam
Mas com medo ficam disto dizer
E na insana dança do não querer ver, se perder...
Sou a cria do mundo com todas as suas vãs imperfeições.