Soneto

Eu amo, com efeito, uma mulher?

ou apenas uma terna lembrança

não trocamos mais uma palavra sequer

e ainda me agarro a esta esperança

Como satisfazer quem não sabe o que quer

quem pesa tudo numa balança

sentimento, ou coisa outra qualquer

quem ama as certezas, e sem elas não descansa

Guardei pra esta pessoa tão singular

o mais sincero de todos os amores

lapidei e transformei antes de lhe dar

Pergunto-lhes agora, meus leitores

agora que ela se foi, como farei eu para lidar

com estas lembranças que só me causam dores

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 13/12/2010
Código do texto: T2670195
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