Soneto da frustração
Fechou as portas e também as janelas
Não queria que ninguém o incomodasse
Sentou-se na sala de paredes amarelas
Abriu sua mente sem que ela abnegasse
De dentro dela esperava talvez encontrar
Algo que lhe desse algum contentamento
Melhor se fosse antes da hora do jantar
Talvez hoje entendesse seu sentimento
Não entendia a dor funesta que sentia
Se ela provia talvez também de sua valentia
Por que com outros as coisas funcionavam?
Talvez dentro de um sonho viesse a despertar
Pois um anjo claro viu e foi a ele perguntar
Onde praguejavam, também o abençoavam?