SINFONIA
Nos rochedos a água fria
Em estrondos de harmonia
Cria a espuma branca e calma,
Na voz que serena minha alma.
No vento frio de sons singelos
Vêm-me ruídos de martelos.
Tenebrosas vozes cantam
Nas folhas que do chão então levantam.
Como correntes, sentem-se arrastadas
Por mãos que à escurdião cingia
Gentes simples e caladas.
Senão pelas mãos da covardia
Pela orquestra tão empenhada
No triste som de uma sinfonia.