SINFONIA

Nos rochedos a água fria

Em estrondos de harmonia

Cria a espuma branca e calma,

Na voz que serena minha alma.

No vento frio de sons singelos

Vêm-me ruídos de martelos.

Tenebrosas vozes cantam

Nas folhas que do chão então levantam.

Como correntes, sentem-se arrastadas

Por mãos que à escurdião cingia

Gentes simples e caladas.

Senão pelas mãos da covardia

Pela orquestra tão empenhada

No triste som de uma sinfonia.

Gláucio Ramm e Silva
Enviado por Gláucio Ramm e Silva em 12/12/2010
Código do texto: T2667707
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.