PORTA ABERTA

PORTA ABERTA

O meu coração que parece de brinquedo

foi passear nos jardins do céu e colheu flores;

foi transformar estrelas em novos amores;

da violência dos vendavais perdeu o medo.

Engoliu sapos lindos de vários sabores;

obrigou satélites contar-lhe seu segredo;

escreveu do seu destino seu próprio enredo

e hoje abre as portas e expulsa seus dissabores.

Deixou os brinquedos e quer um amor concreto;

degustar amor como a alma absorve a saudade,

qual mãe que alimenta o filho com puro afeto.

Ascendeu ao céu como quem do inferno se evade;

na esgrima de amor sua arma fere desafetos,

... e veste, enfim, a farda da felicidade.

Afonso Martini

111210

23h38min

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 12/12/2010
Reeditado em 01/01/2011
Código do texto: T2666756
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