Melancólico

Os sonhos fenecem como um maracujá

E o nosso sonho, de todos, o mais puro

É certo que não mais se realizará

Já se retorceu, opaco e cinza escuro

Vive hoje, já fraco e carcomido

Não mais me inunda como um pensamento

Eu o observo se desvanecer, quase adormecido

E ébrio de spleen e arrependimento

Desde do dia em que eu fui embora

e não vi nenhuma lágrima em seu rosto

meu coração, sem bater, amaldiçoa e chora

Já não tem compasso, treme indisposto

Alimentava-se de sonhos, minha senhora

E você, tão fria, lhe deu o maior desgosto

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 09/12/2010
Código do texto: T2662497
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