Melancólico
Os sonhos fenecem como um maracujá
E o nosso sonho, de todos, o mais puro
É certo que não mais se realizará
Já se retorceu, opaco e cinza escuro
Vive hoje, já fraco e carcomido
Não mais me inunda como um pensamento
Eu o observo se desvanecer, quase adormecido
E ébrio de spleen e arrependimento
Desde do dia em que eu fui embora
e não vi nenhuma lágrima em seu rosto
meu coração, sem bater, amaldiçoa e chora
Já não tem compasso, treme indisposto
Alimentava-se de sonhos, minha senhora
E você, tão fria, lhe deu o maior desgosto