Ao Guerreiro Desconhecido

Ao tornares do fragor da batalha e

te sentires estrangeiro em tua terra,

tendo no espírito os horrores da guerra

e a mente em fogo, tal numa fornalha...

Só a indiferença, dos outros, amealhas

e tua alma, em dadivosos tempos, erra;

tempos em que reina a paz e o amor descerra

em que és homem, não esta mortalha.

Áureos tempos bons. Tempos de ventura,

tinhas no peito um coração batendo

de carne e sangue, não de pedra dura.

Se conseguires, continuas vivendo;

apesar de tamanha desventura,

humano, ainda, continuarás sendo.

16/4/08 – 18h17’

Petrônio Ferreira o Exilado Político
Enviado por Petrônio Ferreira o Exilado Político em 09/12/2010
Código do texto: T2661379
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