Ao Guerreiro Desconhecido
Ao tornares do fragor da batalha e
te sentires estrangeiro em tua terra,
tendo no espírito os horrores da guerra
e a mente em fogo, tal numa fornalha...
Só a indiferença, dos outros, amealhas
e tua alma, em dadivosos tempos, erra;
tempos em que reina a paz e o amor descerra
em que és homem, não esta mortalha.
Áureos tempos bons. Tempos de ventura,
tinhas no peito um coração batendo
de carne e sangue, não de pedra dura.
Se conseguires, continuas vivendo;
apesar de tamanha desventura,
humano, ainda, continuarás sendo.
16/4/08 – 18h17’