À mulher dos olhos caídos
Quando os teus olhos eu vi cair ao tempo,
Embocados aos raios de sua tristeza;
Solidão oculta, do coração, que pulsa lento...
Cantei-lhe, o cântico infindo da destreza!
Quando eu te vi as sombras, amargurada,
Braços estendidos e os pés cruzados,
Estendi-lhe a rosa branca amortalhada,
Que a tanto desejaste, em seus brocados...
Vaga, oh, mulher, com o teu vestido azul,
Mistura-se em meio às estrelas do sul,
Porque o oiro do norte não te pertence mais!
Agora, é branda a tua amargura, e morta;
São suas lágrimas de amor que me conforta
Dentre a minha alma a escrever-te a paz!
(Poeta Dolandmay)