À mulher dos olhos caídos

 

Quando os teus olhos eu vi cair ao tempo,

Embocados aos raios de sua tristeza;

Solidão oculta, do coração, que pulsa lento...

Cantei-lhe, o cântico infindo da destreza!

 

Quando eu te vi as sombras, amargurada,

Braços estendidos e os pés cruzados,

Estendi-lhe a rosa branca amortalhada,

Que a tanto desejaste, em seus brocados...

 

Vaga, oh, mulher, com o teu vestido azul,

Mistura-se em meio às estrelas do sul,

Porque o oiro do norte não te pertence mais!

 

Agora, é branda a tua amargura, e morta;

São suas lágrimas de amor que me conforta

Dentre a minha alma a escrever-te a paz!

 

(Poeta Dolandmay)

Dolandmay Walter
Enviado por Dolandmay Walter em 08/12/2010
Reeditado em 12/12/2010
Código do texto: T2660998
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