A natureza toca seu clarim,
raios luzentes cortam o céu carmim.
Ao fundo, os trovões iguais a rugidos,
um vento forte, veloz e zunindo.
Um clarão - seguido de um forte estrondo -
despe no céu chuva que vai compondo;
ouço ao longe esse temporal cair
e olho gotas no ar a refletir.
No ritmo da chuva faço meus versos,
das gotas pálidas faz-se enxurrada;
soneto surge nas linhas molhadas.
Na noite adentro virá o aguaceiro
aguando o campo, mil jardins submersos :
amanhã cedo vou plantar centeio.
raios luzentes cortam o céu carmim.
Ao fundo, os trovões iguais a rugidos,
um vento forte, veloz e zunindo.
Um clarão - seguido de um forte estrondo -
despe no céu chuva que vai compondo;
ouço ao longe esse temporal cair
e olho gotas no ar a refletir.
No ritmo da chuva faço meus versos,
das gotas pálidas faz-se enxurrada;
soneto surge nas linhas molhadas.
Na noite adentro virá o aguaceiro
aguando o campo, mil jardins submersos :
amanhã cedo vou plantar centeio.