A natureza toca seu clarim,
raios luzentes cortam o céu carmim.
Ao fundo, os trovões iguais a rugidos,
um vento forte, veloz e zunindo.
 
Um clarão  - seguido de um forte estrondo -
despe no céu chuva que vai compondo;
ouço ao longe esse temporal cair
e olho gotas no ar a refletir.
 
No ritmo da chuva faço meus versos,
das gotas pálidas faz-se enxurrada;
soneto surge nas linhas molhadas.
 
Na noite adentro virá o aguaceiro
aguando o campo, mil jardins submersos :
amanhã cedo vou plantar centeio.
Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 08/12/2010
Reeditado em 25/07/2013
Código do texto: T2659746
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