O Pastor
Soprava aquele vento bem irado,
E na verdura do campo buscava,
O pastor pasto para o seu gado,
Porquê a ira do vento? Indagava!
Com aquele tempo tão indelicado,
E enquanto o forte vento soprava,
Naquele piso verde mas molhado,
Sustento para o gado assegurava!
E soprava o vento tão poderoso,
Mas o pastor naquela vida dura,
Em nada se mostrava temeroso!
E desta bucólica e valente figura,
Que jamais se mostrou medroso,
Fica neste quadro minha pintura!