Sem compromisso!...

Eu morro todo dia sem ter hora,

E o dever de salvar, à eternidade,

Meu sorriso ou o choro, vida afora,

Morrendo sem nenhuma enfermidade.

Morro mais quando a dor engasga a fome

E é tanta que eu a engulo e nem reclamo...

Menos de amor eu morro, e a tudo some

A morte amar a vida mais que eu amo.

Em mim tudo o que vive é diferente

Tanto é paixão de morte - Viva a vida!...

Meu peito não entende ... infelizmente!

Intriga-me, por Deus! Injusta a lida

A me querer a vida, parcialmente,

E, inteira, dar-se à morte constrangida.

Canoas, dezembro/RS

Eliane Triska
Enviado por Eliane Triska em 05/12/2010
Código do texto: T2654603
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