Sem compromisso!...
Eu morro todo dia sem ter hora,
E o dever de salvar, à eternidade,
Meu sorriso ou o choro, vida afora,
Morrendo sem nenhuma enfermidade.
Morro mais quando a dor engasga a fome
E é tanta que eu a engulo e nem reclamo...
Menos de amor eu morro, e a tudo some
A morte amar a vida mais que eu amo.
Em mim tudo o que vive é diferente
Tanto é paixão de morte - Viva a vida!...
Meu peito não entende ... infelizmente!
Intriga-me, por Deus! Injusta a lida
A me querer a vida, parcialmente,
E, inteira, dar-se à morte constrangida.
Canoas, dezembro/RS