Em comentário ao meu SONETO DE DESPEDIDA, o poeta OKLIMA dedicou-me este belo soneto, que me inspirou  um outro a seguir:

FUI
(OKLIMA) "de passagem".



Quem o dom da poesia não possui
não pode persistir em fazer versos.
Compô-los sem sabê-lo contribui
com a versão de versos controversos.

Não sê-lo e nem tentá-lo não influi
na frequência de fados adversos.
Ao poeta de fato é que se anui
o poder de alcançar os universos!

Os versos que compus estão dispersos...
O que se leva a crer, que se conclui
que meus sonetos sobram submersos.

Falta-me a verve, o estro se dilui.
Perdi o traço dos estilos tersos.
Falhei, de fato, e, finalmente, fui!

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POR TRÁS DO BRILHO

Quem de fato a um soneto se destina
E aos encantos da arte se entrega
Traz consigo o talento que carrega
Já do berço este dom, missão divina.

Um quarteto é uma estrofe cristalina
Que o buril da emoção lapida, esfrega
E corta e conta e rima, já não cega
A palavra - diamante na oficina.

Se o poeta possui talento e estilo
Com que nasceu e d’arte faz ofício
Com a tal chave d'ouro faz  terceto.

Isto é mais que um poema é um berilo
De minha inspiração que se fez vício.
Sou eu por trás do brilho de um soneto.

HERMÍLIO









LordHermilioWerther
Enviado por LordHermilioWerther em 04/12/2010
Reeditado em 25/12/2010
Código do texto: T2652835
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