Olha, vê, as minhas mãos sozinhas, descompostas
Buscando os teus carinhos que ficaram tatuados
Na minha pele quente, ficaram em mim guardados
Como carícias que trago em mim, tão sem respostas
 
Meus braços saudosos ainda querem te abraçar
Vêem a tua silhueta no perfume róseo do jasmim
Sussurrando as meiguices que dizias para mim
Quando em todas as palavras eu dizia te amar
 
Um amor intenso que nasceu junto com as flores
No silêncio e na ternura de um final de primavera
Quando as orquídeas banhavam  em suas cores
 
Os primeiros versos que o meu amor te dedicava
E a poesia tornou-se a amante nos dias de espera
Enquanto o meu coração loucamente te buscava