AMANTE DA NATUREZA

Sombras rendadas a parede bordam

Uma luz baça se espalha sobre a mesa

Horas de inquietude, de incerteza,

Sobre a noite que chega, se derramam.

O poente outrora - que beleza!

Pássaros, flores, todos que se amam,

O céu, as nuvens, o mar, todos te chamam,

Porque eras tu a própria natureza.

Sombras rendadas minha alma turvam,

O peito e a fronte para o fim se curvam

Esta saudade amiga e companheira

Faz-me sentir na hora derradeira.

Nada me anima, nada me conforta

Porque a natureza hoje está morta.

Marísia Vieira
Enviado por Marísia Vieira em 02/12/2010
Código do texto: T2648882