RECOMEÇO
Lágrima neste vento dissipando
D´água que me faz homem e certeza.
O amor que trago em mim será beleza
Que ao findo temporal se libertando
Vai ao mundo pagão onde morando
Não estou há vários meses de realeza
No palácio da nobre Dama e Alteza
Que das garras do amor vive sangrando.
Vento! Que sobre as costas, no corcel
Donde sigo: sem sonho e direção
Movimenta este corpo rumo ao nada,
Dissipa dos meus olhos a molhada
Lágrima deste triste coração
E galopa meu ser para outro Céu.