Ao Anjo Celeste
Anjo branco, dos céus em bandeiras,
De o teu fulgor que o faz iluminar
Clareia os montes ao brasão de luar
Como as invídias vozes de faceiras...
Damas das rosas! As que mais queiras,
Coração em pedra que o deixa amar
O cadáver orgulhoso, que as faz cegar
Aos teus murmúrios às vidas inteiras...
Cegas! Mas, às mãos, são como viver
Em meio as suas crepitantes fuselas
Que rogam e cantam... sem vos deter!
Místico ufo, do crepitar das estrelas,
Em séculos benditos do amanhecer,
Escuta-me! Lá adiante, às vozes delas...
(Poeta Dolandmay)