HOMENAGEM A ALVARENGA PEIXOTO
Eu não lastimo o próximo perigo,
Uma escura prisão, estreita e forte;
Lastimo os caros filhos, a consorte,
A perda irreparável de um amigo.
(Alvarenga Peixoto)
HOMENAGEM A ALVARENGA PEIXOTO
Fora o perigo toda a ameaça
A afligir a alma do poeta,
Houvera então ela de ser discreta,
Ante os percalços que a vida traça...
Perder aquela que lhe é dileta,
A companheira que feliz o faça,
Ou a prole, de cujo sangue a massa
É a mesma, mil dores acarreta...
Inda é preciso, também, que se diga
Que muita falta faz ao ser vivente,
Face à proximidade de seus laços,
O bem fadado a preencher espaços
Se forma sólida e permanente,
Pelo calor sem par da alma amiga.