RENASCENÇA

Que não me venhas derramar os teus acintes,

que sobre minhas emoções não te despontes

com tuas dragas a sugarem meus requintes

no bem tratar, nas convivências sãs, insontes.

Bem sei, meus planos sempre foram teus ouvintes,

das tuas coisas, das vantagens, tuas fontes

eu construí os meus saberes e horizontes,

meus pensamentos, do teu sol, eram pedintes.

Mas aprendi a me esquivar dos torpes botes

que tu me davas pelos teus fortes palpites

em meu agir, manipulando, então, meus dotes.

Agora basta! A vida faz os seus convites.

Vou acender, brilhar meus próprios holofotes

e dilatar toda a extensão dos meus limites!

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 30/11/2010
Código do texto: T2644988
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