RENASCENÇA
Que não me venhas derramar os teus acintes,
que sobre minhas emoções não te despontes
com tuas dragas a sugarem meus requintes
no bem tratar, nas convivências sãs, insontes.
Bem sei, meus planos sempre foram teus ouvintes,
das tuas coisas, das vantagens, tuas fontes
eu construí os meus saberes e horizontes,
meus pensamentos, do teu sol, eram pedintes.
Mas aprendi a me esquivar dos torpes botes
que tu me davas pelos teus fortes palpites
em meu agir, manipulando, então, meus dotes.
Agora basta! A vida faz os seus convites.
Vou acender, brilhar meus próprios holofotes
e dilatar toda a extensão dos meus limites!