DANÇA!
Odir, de passagem

Dança, anjo criança, à chuva fina,
esquece o chão, o mundo inteiro esquece!
Esquece que na chuva se adoece,
esquece tudo e dança mais, menina!

Domina o vento vário, enfim, domina
a telúrica tarde que anoitece!
Tece ternuras, novos passos tece,
desliza dilações, dança, menina!

És para mim o que de puro existe,
excecional espelho da esperança,
antídoto de tudo quanto é triste.

Deixa que chova! A chuva não se cansa
de ser esse cenário que te assiste,
quando danças o dom de ser criança!

JPessoa, 29.11.10


oklima
Enviado por oklima em 29/11/2010
Código do texto: T2644544
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.