Prece à solidão

 

Solidão, que nos cega os sentidos,

Vem como uma lua negra e morta

Aos ventos murmurando à porta

Dos ouvidos plácidos deprimidos.

 

E, nos sussurros tenros atrevidos,

Que os são das trevas que nos corta

Guarda os dias brancos e suporta

Os lamentos aos tempos perdidos.

 

Solidão, que há séculos é virtude,

Que ao coração nos prega e acalma

A vida em ambição à juventude...

 

Vêm aos ventos e retorna à palma

Para que a noite não padeça e mude

Nas fortalezas do sentir... da alma.

 

(Poeta Dolandmay)

Dolandmay Walter
Enviado por Dolandmay Walter em 29/11/2010
Código do texto: T2644203
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