Prece à solidão
Solidão, que nos cega os sentidos,
Vem como uma lua negra e morta
Aos ventos murmurando à porta
Dos ouvidos plácidos deprimidos.
E, nos sussurros tenros atrevidos,
Que os são das trevas que nos corta
Guarda os dias brancos e suporta
Os lamentos aos tempos perdidos.
Solidão, que há séculos é virtude,
Que ao coração nos prega e acalma
A vida em ambição à juventude...
Vêm aos ventos e retorna à palma
Para que a noite não padeça e mude
Nas fortalezas do sentir... da alma.
(Poeta Dolandmay)