AUSÊNCIA!

Noite sem enfeite, sem cores nos ares!

Noite sem acoite, tortures, torpores...

Nem corujas ramujas, nos galhos palhos

Nem gatos nem ratos, em atalhos falhos!

E nesse breu só eu, numa amorfia fria,

Sem sonho, sem ninho, sem ser pra nada crer

Sem glórias sem vitórias, soaria ária!!

Praça sem graça, sem as flores pra morrer,

Ainda que vinda, ilusão de compaixão,

dito e repito, eu sei quanto amei!

Quase tanto que sinto em dor e candor!

Se sou quem passou, és clarão da solidão,

És furor sem calor, que ansiei, calei!

És saudade que invade, sem cor, amor!!