Minha eternidade ***

Congelo as mãos e o peito ante tanto vento... E frio...

As horas passam velozes e imperceptíveis, escorrem.

Meu sorriso se desprende e se prende ao eco vazio.

Não irei da flor buscar o néctar, esperar o que não vem.

Aos poucos a ansiedade retoma seu posto. E isso é tão...

Tão medíocre! Tão inútil quanto eu olhar o oceano e nadar.

Assim, sabendo que o vencedor será sempre o mar...

Isso nem chega a ser tristeza, apenas o significado do vão.

Quando busquei, perdi. Quando me abstive... Não a vi.

Onde estará? Onde... Existirá tal sorte, felicidade encantada?

Como ar congelando os pulmões, isso como antes senti.

Salvará coração ingrato, assim pelejante... Mais que constante,

Tamanha saudade de ser feliz, dentro da eternidade,

Essa eternidade que não conheço dentro de mim?

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"E tudo o que era já não é, dentro deste peito o ditame queixoso das recoradões esquecidas, dos beijos não dados, das mágoas perdidas, de tudo que sonho e não vivo..."

Camila Cabral
Enviado por Camila Cabral em 27/11/2010
Reeditado em 27/11/2010
Código do texto: T2640504
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