Diálogo inútil
Oh! Pobre sombra minha! Estás calada!
Será que não te cansas do teu fado?
Entendo bem o teu silêncio, enfado,
embora não me digas nada, nada.
Oh! Sombra que me segue pela estrada,
vassala de meu corpo já cansado,
não cansas de seguir sempre ao meu lado,
até na tênue luz da madrugada?
Silente segues! És boa vizinha!
Também, não sei, sequer, se tu me queres,
se gostas de viver na minha esteira...
Não queres meu lugar, ó, sombra minha?
Então, irias onde tu quiseres,
e, assim, seria tua prisioneira.
Brasília, 27 de Novembro de 2010.
Sonetos diversos, pg. 110
Oh! Pobre sombra minha! Estás calada!
Será que não te cansas do teu fado?
Entendo bem o teu silêncio, enfado,
embora não me digas nada, nada.
Oh! Sombra que me segue pela estrada,
vassala de meu corpo já cansado,
não cansas de seguir sempre ao meu lado,
até na tênue luz da madrugada?
Silente segues! És boa vizinha!
Também, não sei, sequer, se tu me queres,
se gostas de viver na minha esteira...
Não queres meu lugar, ó, sombra minha?
Então, irias onde tu quiseres,
e, assim, seria tua prisioneira.
Brasília, 27 de Novembro de 2010.
Sonetos diversos, pg. 110