Conquista da América
E foi assim que tudo teve início:
o sórdido presente, o gesto, o agrado,
e o espaço, pela cruz, foi consagrado,
em falsa paz, mantendo-se o suplício.
A faca, o espelho, a oferta do machado,
em nome da amizade, benefício,
o brinde que, ofertado, trouxe o vício,
o território logo conquistado.
Com sangue se lavou toda essa terra
e proclamada foi a “Santa Guerra”,
que logo se espalhou pelos espaços.
Oh! América indígena! Que sorte!
O espelho se quebrou de sul a norte,
restando pelo chão seus estilhaços.
Brasília, 26 de Novembro de 2010.
Cantos de resistência, pg. 21
Sonetos selecionados, pg. 97
E foi assim que tudo teve início:
o sórdido presente, o gesto, o agrado,
e o espaço, pela cruz, foi consagrado,
em falsa paz, mantendo-se o suplício.
A faca, o espelho, a oferta do machado,
em nome da amizade, benefício,
o brinde que, ofertado, trouxe o vício,
o território logo conquistado.
Com sangue se lavou toda essa terra
e proclamada foi a “Santa Guerra”,
que logo se espalhou pelos espaços.
Oh! América indígena! Que sorte!
O espelho se quebrou de sul a norte,
restando pelo chão seus estilhaços.
Brasília, 26 de Novembro de 2010.
Cantos de resistência, pg. 21
Sonetos selecionados, pg. 97