Canto nativo (II)
Sou corajosa, nômade, selvática,
caminho pelas matas sem descanso,
bebendo a água pura do remanso,
sou firme, forte, ágil e pragmática.
E diga quem quiser que sou errática,
e que meu ser andejo não se amansa,
que não mereço crédito, confiança,
uma selvagem, simples, problemática.
A mim não me interessam teu desprezo,
os preconceitos vis, também palpites,
a pequenez que, dentro em ti, se encerra.
A minha vida é minha - e muito a prezo -
meu caminhar é livre, sem limites,
meus ancestrais são filhos dessa terra.
Brasília, 26 de Novembro de 2010.
Livro: Cantos de Resistência, pg. 40
Sou corajosa, nômade, selvática,
caminho pelas matas sem descanso,
bebendo a água pura do remanso,
sou firme, forte, ágil e pragmática.
E diga quem quiser que sou errática,
e que meu ser andejo não se amansa,
que não mereço crédito, confiança,
uma selvagem, simples, problemática.
A mim não me interessam teu desprezo,
os preconceitos vis, também palpites,
a pequenez que, dentro em ti, se encerra.
A minha vida é minha - e muito a prezo -
meu caminhar é livre, sem limites,
meus ancestrais são filhos dessa terra.
Brasília, 26 de Novembro de 2010.
Livro: Cantos de Resistência, pg. 40