Lacrimosa
Eu sinto lá no imo dor ingente,
a latejar, pulsante, intensa chama,
vivaz, ardente e flébil em sua flama
que dentro d’alma só quem ama sente;
e sente tal tristeza só quem ama,
se seu amor se vai, se torna ausente,
embora sinta em si amor pungente,
não pode mais cerzir a velha trama;
a vida então se torna triste drama,
ficar distante estando tão presente,
por mais que ausente sempre se aparente,
tal como a brisa que balança a rama...
O amor é etérea vela lacrimosa,
que a chama ardente mata, caprichosa!
Eu sinto lá no imo dor ingente,
a latejar, pulsante, intensa chama,
vivaz, ardente e flébil em sua flama
que dentro d’alma só quem ama sente;
e sente tal tristeza só quem ama,
se seu amor se vai, se torna ausente,
embora sinta em si amor pungente,
não pode mais cerzir a velha trama;
a vida então se torna triste drama,
ficar distante estando tão presente,
por mais que ausente sempre se aparente,
tal como a brisa que balança a rama...
O amor é etérea vela lacrimosa,
que a chama ardente mata, caprichosa!