VIDA
Afinal, para quê serve a vida
Se não posso eu vivê-la sem ti?
Talvez ela sirva de sobrevida
Ao romance que contigo vivi.
Pode ser ela, também, a guarida
Das dores que outrora eu senti
Quando da minha paixão proibida
Por aquela que jamais esqueci
E até hoje habita meu peito,
Fazendo de mim um pobre sujeito,
Incapaz de viver longe de ti...
Afinal, para quê chorar a vida
Se, logo após a tua despedida,
Me senti melhor depois que morri?...