Eu (Ao Poeta Volnei)
Eu sou apenas uma luz que passa,
de quando em vez, nos enxovais do mundo.
Sou milésimo, apenas, de segundo,
um segundo que logo se esfumaça.
Eu sou um sonho de outro sonho à caça
e na caça de sonhos me aprofundo
para sonhar bem mais, ser mais fecundo
num canto à musa, que em soneto faça.
Eu sou do verso a verve mais discreta,
que quando escreve quase ninguém lê,
que quando cala é solidão completa.
O meu estro se esvai sem rumo ou meta,
é passagem final que não se vê,
como se fora a sombra de um poeta.
Odir Milanez da Cunha
Agradecido pelo seu comentário ao "Minha Rua"
Eu sou apenas uma luz que passa,
de quando em vez, nos enxovais do mundo.
Sou milésimo, apenas, de segundo,
um segundo que logo se esfumaça.
Eu sou um sonho de outro sonho à caça
e na caça de sonhos me aprofundo
para sonhar bem mais, ser mais fecundo
num canto à musa, que em soneto faça.
Eu sou do verso a verve mais discreta,
que quando escreve quase ninguém lê,
que quando cala é solidão completa.
O meu estro se esvai sem rumo ou meta,
é passagem final que não se vê,
como se fora a sombra de um poeta.
Odir Milanez da Cunha
Agradecido pelo seu comentário ao "Minha Rua"