Grito de Gaia

Ontem apedrejaste-me

Com suas plúmbeas balas,

Destruíste-me com a voraz fome

De suas bocas vindo as centenas!

Vomitaste em mim seus dióxidos e monóxidos,

Numa densa fumaça gris,

Não sei o que fiz para ter tantos castigos

Dos ingratos filhos que parí

Agora estou aqui gritando em seus ouvidos,

Ensurdecidos por sua ganância,

Sobre a ânsia que cansei de nutrir!

Filhos bastardos de tempos inglórios

Chegada é a hora de colheres seus frutos

Que com seu veneno fizeste nutrir.

J