UM CAMINHO

Não temo a vaidade, nem o amor.

Nada tenho implícito em mim mesmo,

Nem na rima que agora cabe a dor.

Não evito uma cachaça e um torresmo.

Sei que a morte virá quando quiser,

Tenho apenas na vida uma mulher,

Tenho um isqueiro, o fumo e as horas vagas,

De nada nesse mundo eu peço paga...

Assim eu vivo, esperando a minha morte

Calcitrando, o caminho é o meu penar;

Não sou aquele fraco, nem o forte...

No simples e o banal é o meu lugar...

No meu destino eu vou rumando ao norte,

Mas posso em outro destino me mudar.

Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 23/11/2010
Reeditado em 26/11/2010
Código do texto: T2632853