UM CAMINHO
Não temo a vaidade, nem o amor.
Nada tenho implícito em mim mesmo,
Nem na rima que agora cabe a dor.
Não evito uma cachaça e um torresmo.
Sei que a morte virá quando quiser,
Tenho apenas na vida uma mulher,
Tenho um isqueiro, o fumo e as horas vagas,
De nada nesse mundo eu peço paga...
Assim eu vivo, esperando a minha morte
Calcitrando, o caminho é o meu penar;
Não sou aquele fraco, nem o forte...
No simples e o banal é o meu lugar...
No meu destino eu vou rumando ao norte,
Mas posso em outro destino me mudar.