VIAGEM (Interagindo com a poetisa Elen Nunes)

Às almas eu confesso pela eternidade,

o amor diabólico que me custou a vida.

Toda a dor disfarçada, imerecida

no limite indizível de cada saudade.

A derradeira noite... Liberdade!

O amor esvai-se em plena despedida.

Sob o céu de imensurável medida

a lua brilhante míngua por lealdade.

Um raio de luz rasga o universo

como uma estrela em louca correria.

Sou a dor perdida de um sonho disperso!

Ah solidão... Que estranha ventania!

Flutua livremente o meu último verso

deixando no ar o aroma da poesia.

Este texto foi publicado originalmente na página da poetisa ELEN NUNES em interação com o soneto CONFISSÃO cujo link abaixo transcrevo:

http://www.recantodasletras.com.br/sonetos/2590896