HOMENAGEM A ALBERTO DE OLIVEIRA

A mata virgem, desgrenhada aos ventos,

Eleva à noite a alma complexa e vária;

Do musgo humilde às grimpas da araucária

Há, talvez, gritos, há talvez, lamentos.

(Alberto de Oliveira)

HOMENAGEM A ALBERTO DE OLIVEIRA

(Mario Roberto Guimarães)

Mui cedo ouviu das matas o lamento,

Ante a devastação que as corroía,

E em nobre versejar que se irradia

Ao mundo, versos entregou ao vento

Quem, co'a destruição, se condoía,

Por ser poeta e ter o sentimento

Do puro amor, de todo o mal isento,

Por tudo que a natureza cria...

O seu clamor foi fato pioneiro,

Antevisão do cáos que grassaria,

Pela ambição do pobre ser humano...

Da profecia, não restou engano,

Que o próprio vate, ao certo, gostaria

De constatar, mas qual... fora certeiro.

Mario Roberto Guimarães
Enviado por Mario Roberto Guimarães em 23/11/2010
Código do texto: T2631614
Classificação de conteúdo: seguro