Meu coração não acredita que partistes
Te procura em vão por entre as madrugadas
Procura e só encontra os meus olhos tristes
Meus lábios quietos, minhas mãos abandonadas
 
Procura teu corpo branco, minha branca criatura
Teus lábios ternos onde o meu beijo em ti morava
Teus olhos azuis e meigos de uma rara formosura
Procura o teu afago que em meu colo se deitava
 
Meu coração que do teu amor fez-se amante
Sorvia o teu perfume em brancos devaneios
Nos dias frementes em que então me visitavas
 
Teu corpo entregue em juras de amor constante
Em doces momentos desmaiados e sem receios
Rogava ao meu corpo tudo aquilo que gostavas