A Condessa Devassa
Desesperada fêmea pagã dos infernos
Do secreto e sinistro Hades descende
A cólera diabólica da terrível prende
A eterna noiva dos argüidos internos.
Ninfa de Satã na vil ferida de uma cristã
Sangra na maldade estéril dos homens
Rainha do sexo sem limites nos lumens
Na morta cidadã um olhar vítreo da pagã.
Infernizada criatura da escura abertura
Jaz a séculos naquela torpe sepultura
Olhos mortos de seres absortos tortos.
Verve obscura da deusa da morte
Nas esculturas douradas a sorte
Condessa dos infernos semimortos.