UMA CENA REAL
Odir, de passagem
Um poeta, um papel e uma pena,
pela pena de ver o seu irmão
morto de fome e sede - triste cena,
ver um homem morrer de inanição!
A fome com a sede contracena
e leva a lucidez dos olhos meus
perdidos na miséria, que condena
um ser à morte, sem temor a Deus!
Ontem à noite, à luz da lua cheia,
num bairro pobre da periferia,
meu caminho dos bares, volta e meia,
da humanidade vi a hipocrisia:
de fome e sede, à luz de uma candeia,
um homem, numa rede, apodrecia!
JPessoa, 22.11.10
Odir, de passagem
Um poeta, um papel e uma pena,
pela pena de ver o seu irmão
morto de fome e sede - triste cena,
ver um homem morrer de inanição!
A fome com a sede contracena
e leva a lucidez dos olhos meus
perdidos na miséria, que condena
um ser à morte, sem temor a Deus!
Ontem à noite, à luz da lua cheia,
num bairro pobre da periferia,
meu caminho dos bares, volta e meia,
da humanidade vi a hipocrisia:
de fome e sede, à luz de uma candeia,
um homem, numa rede, apodrecia!
JPessoa, 22.11.10