Condessa
Das letras que te esperam ávidas
A Condessa dos sonhos de outrora
Olhos teus como opalas negras agora
Inquietações que a dominam tépidas.
Eu sou só um pobre e triste amador
Poeta das palavras cínicas e devassas
Nas tuas lições de Pandora as espessas
Mulher de olhar que intriga o prazer e a dor.
Fulminada pela Odisséia de uma Medeia
Quer o que não podes ter na tua voraz ideia
Na ampulheta do tempo a terrível Nêmeses.
Da vingança aos acéfalos da vil Hera
Desprovidos da ignóbil fera desta terra
Que desterra os que ousam não amar Nix.