Lamúrias
Estou exausta desta vida incerta,
de caminhar pisando em farpa, espinho,
os pés em dor, sangrando no caminho,
nessa vereda escura e tão deserta.
Quisera estar vazia, estar liberta,
voejando, qual japu, fazendo o ninho,
juntando aqui e ali algum raminho,
biquinho em riste, asa leve e aberta.
Mas vivo aqui no chão, andando à esmo,
sangrando a flébil alma e os pobres pés,
seguindo o meu caminho para o nada.
Por onde quer que eu vá encontro o mesmo
destino que me encara de través
tornando mais difícil a caminhada.
Brasília, 22 de novembro de 2010.
Estou exausta desta vida incerta,
de caminhar pisando em farpa, espinho,
os pés em dor, sangrando no caminho,
nessa vereda escura e tão deserta.
Quisera estar vazia, estar liberta,
voejando, qual japu, fazendo o ninho,
juntando aqui e ali algum raminho,
biquinho em riste, asa leve e aberta.
Mas vivo aqui no chão, andando à esmo,
sangrando a flébil alma e os pobres pés,
seguindo o meu caminho para o nada.
Por onde quer que eu vá encontro o mesmo
destino que me encara de través
tornando mais difícil a caminhada.
Brasília, 22 de novembro de 2010.