Névoas
Nas névoas de mim mesma estou perdida,
nos tantos labirintos e ciladas,
e não encontro rastros, nem pegadas,
daquela a quem, outrora, dei guarida;
não há retornos, trilhas, nem estradas
que levem-me de volta à minha vida,
estou por densas névoas envolvida,
com lágrimas no peito, represadas.
Na escura estrada sigo sempre só,
nessa cinérea vida, tão plangente,
no intransponível breu da bruma fria.
Não vejo adiante nada mais que pó,
caminho só, tão só, de tudo ausente
sem sonhos, ilusões ou fantasia.
Brasília, 21 de Novembro de 2010.
Seivas d'alma, pg.49
Nas névoas de mim mesma estou perdida,
nos tantos labirintos e ciladas,
e não encontro rastros, nem pegadas,
daquela a quem, outrora, dei guarida;
não há retornos, trilhas, nem estradas
que levem-me de volta à minha vida,
estou por densas névoas envolvida,
com lágrimas no peito, represadas.
Na escura estrada sigo sempre só,
nessa cinérea vida, tão plangente,
no intransponível breu da bruma fria.
Não vejo adiante nada mais que pó,
caminho só, tão só, de tudo ausente
sem sonhos, ilusões ou fantasia.
Brasília, 21 de Novembro de 2010.
Seivas d'alma, pg.49