PERDOA
Odir, de passagem
Perdoa, amor que é meu, minhas mentiras!
Por tuas crenças, pelo amor de Deus,
perdoa a perdição dos erros meus,
as minhas culpas, que silente ouviras!
São dos amores do poeta as liras
que vibram, nas esperas, versos seus;
que decantam seu pranto em cada adeus,
adeuses tantos que a chorar me viras!
Perdoa por dizer tanta inverdade
diante de teus olhos de bondade,
perdoa, amor, cada mentira minha.
São mentiras, mas só pela metade,
na metade da minha mocidade
que me viu só e quer te ver sozinha!
JPessoa, 21.11.10