Desilusão
O malabarista lívido que namora
A morte a tirana pálida e bela
No espetáculo, à noite, a demora,
Como o sorriso cínico de uma cadela.
O exorcista da féria bárbara que vigora
Ao visitar os iguais da besta querela
Pedindo em vão que esqueça a megera
E a decisão final jaz na união e seqüela.
Na ninfa imortal dos olhos de turquesa
Na beleza a sutileza da minha princesa
Das trevas a luz, conduz ao desespero.
A luminária bruxuleante que condena
A arte de amar a triste e sepulta falena
Versos que sangram na dor que espera.