Tu, amor, és a flor que guardo na lembrança
Guardo de ti o olhar enternecido de criança
Guardo em meus lábios o gosto dos teus beijos
Guardo nossos momentos sôfregos de desejos
 
O nosso amor que nasceu como nasce a poesia
Que em tantos versos faz de nós doce rimar
Colhendo estrelas, rabiscando saudade na alegria
Despindo as noites vãs onde escondia-se o luar
 
Foi amor intenso recriando infinitas madrugadas
Onde os meus sonhos peregrinos eram todos para ti
Nas noites longas, úmidas das lágrimas derramadas
 
Hoje em minha Alma algo de triste se esquece e sorri
Nos meus braços silenciosos dorme um tépido sentir
Deste amor perene e da angústia inescrutável de existir