Uma Voz na Escuridão
Ouço uma linda voz, doce e abafada,
Meu nome a sussurrar na escuridão;
Ouço, também, uivar na madrugada
O lobo triste que é meu coração.
A lua pálida hoje brilha tanto
Que o brilho dos meus olhos apagou,
Neles deixando apenas esse pranto…
A escuridão perpétua começou!
Aquela voz ainda me chamando,
Os passos meus, no escuro, vai guiando
P’ra que com ela eu possa me encontrar;
Pois essa voz tão doce que me chama
É a voz da Morte — fria, soberana —,
Que nesta noite veio me buscar…
17 de novembro de 2010