Soneto n.166
SONHO DE AMOR
Ah! Tudo o que eu sempre quis
passa agora pela dura realidade,
pelas ruas desta áspera cidade,
passa por tudo o que nunca fiz.
E isso é bem aquilo que se diz
(nunca me negue essa verdade)
que, mesmo em qualquer idade,
quem não desejaria ser feliz?
Meu sonho de amor (não cumprido)
aflora e me implora por completude,
hoje é sentimento que não se ilude.
Entanto, o tempo passa sem ter sido,
tão inclemente e tão sem compaixão,
a enterrar, ainda vivo, o meu coração!
***
Silvia Regina Costa Lima
12 de novembro de 2010