Fantasma de Museu
Fantasma de Museu
O crepitar da noite faz-me sonhar
Braços abertos sinto-me ser alado
Na magia incoerente do pecado
Num soluço de emoções a desenhar
No pensamento caprichoso a singrar
O silêncio grita um grito nacarado
Num lirismo romântico e aveludado
Na sonoridade num coração a velejar
Estrelas revelam sorriso com leveza
Rosto sem disfarce, olhar perdido
Entre brumas num ontem de incerteza
Ah, idílio que no tempo se perdeu
Qual teatro sem plateia, sem alarido
Teu personagem virou fantasma de museu.
Norma Bárbara