Fantasma de Museu

Fantasma de Museu

O crepitar da noite faz-me sonhar

Braços abertos sinto-me ser alado

Na magia incoerente do pecado

Num soluço de emoções a desenhar

No pensamento caprichoso a singrar

O silêncio grita um grito nacarado

Num lirismo romântico e aveludado

Na sonoridade num coração a velejar

Estrelas revelam sorriso com leveza

Rosto sem disfarce, olhar perdido

Entre brumas num ontem de incerteza

Ah, idílio que no tempo se perdeu

Qual teatro sem plateia, sem alarido

Teu personagem virou fantasma de museu.

Norma Bárbara

Norma Bárbara
Enviado por Norma Bárbara em 16/11/2010
Código do texto: T2619222
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