Soneto do Navegador
Fagner Roberto Sitta da Silva
O porto de partida está distante,
é apenas pequena mancha fina
no horizonte da vida – pequenina
lembrança nos meu olhos de almirante.
Vou pelo mar, igual um navegante
curioso, em busca de outras águas... Sina
de ser navegador em peregrina
nau por mil mares, sempre só, errante.
Mas inda vejo o porto na distância,
alegre porto da partida, ao sul,
distante porto da feliz infância,
e as outras naus longínquas como lanças
brancas, enquanto, pelo mar azul,
singro nutrindo grandes esperanças...
15 de novembro de 2010.