Arbítrio
Não mais assim o serei como sou pranto,
Ufo anjo celeste, que me amargura
Na noite escura e cabal que anseia tanto
As densas e miseráveis vozes que te jura.
Não mais serei como o linho de seu manto.
E nas insígnias aflições que me insegura,
Como o indescritível mendigo de acalanto
No altaneiro vento de sua voz obscura.
Como um tapeador a rogar benção branda
No peito que traz o tormento e canta
Na infeliz espera de me roubar o amor,
Serei um estranho, assim, como me é luz
Na revelação do opúsculo real que conduz
Desde o princípio de o seu esplendor.
(Poeta Dolandmay)