Arbítrio

 

Não mais assim o serei como sou pranto,

Ufo anjo celeste, que me amargura

Na noite escura e cabal que anseia tanto

As densas e miseráveis vozes que te jura.

 

Não mais serei como o linho de seu manto.

E nas insígnias aflições que me insegura,

Como o indescritível mendigo de acalanto

No altaneiro vento de sua voz obscura.

 

Como um tapeador a rogar benção branda

No peito que traz o tormento e canta

Na infeliz espera de me roubar o amor,

 

Serei um estranho, assim, como me é luz

Na revelação do opúsculo real que conduz

Desde o princípio de o seu esplendor.

 

(Poeta Dolandmay)

Dolandmay Walter
Enviado por Dolandmay Walter em 14/11/2010
Reeditado em 17/11/2010
Código do texto: T2615466
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